Alentejo e Olivença – 21 a 24 de setembro 2023

1º dia

Após um longo intervalo de férias, chegou finalmente o nosso desejado passeio que, como habitualmente, satisfez bem as expectativas que tínhamos.

No simpático grupo presente havia, como quase sempre acontece nas situações interessantes, um largo predomínio de mulheres, mas, temos que admitir que os poucos homens presentes eram dotados de grande qualidade e simpatia, nomeadamente o nosso Presidente que, sempre atento ao bem estar dos associados, veio a introduzir uma modalidade nova nos nossos passeios de longo curso: a prática de uns minutos de atividade física Pilates, tarefa em que foi apoiado pela nossa jovem e simpática companheira Sofia. E teve bastantes aderentes!

Depois de uma breve pausa nas proximidades de Condeixa, seguimos para a Pousada do Crato, já em pleno Alto Alentejo.

A refeição que nos foi servida estava bem integrada na enorme e austera sala conventual em que éramos únicos.

Na visita guiada ao Mosteiro que, fizemos após o almoço, informaram-nos que inicialmente o rei D. Sancho II doou a povoação do Crato à Ordem dos Hospitalários tendo sido então decidido fundar no local uma capela, que, veio a dar lugar ao Mosteiro com o crescimento da Ordem. O Mosteiro é composto por três conjuntos distintos: a igreja fortaleza de estilo gótico, uma zona acastelada gótica e as restantes dependências conventuais profundamente renascentistas e manuelinas.

Já no século XX foi classificado monumento nacional e, nos anos 90 executadas as obras de reconversão e adaptação a pousada que, veio a ser aberta em 1995.

Seguimos para Elvas, onde nos instalámos num confortável hotel de charme, situado em pleno centro histórico desta cidade alentejana, classificada pela UNESCO como património mundial. Esta unidade hoteleira, resultante da reabilitação do antigo Convento de São Paulo, tem como tema as fortificações militares portuguesas espalhadas pelo mundo.

2º dia

Após um saboroso pequeno almoço no hotel, partimos para o vizinho concelho de Campo Maior, onde visitámos duas grandes atividades desenvolvidas pelo dinâmico empresário alentejano Comendador Nabeiro, o Centro de Ciências do Café e a Adega Mayor, dois exemplos reveladores da sua capacidade criativa e visionária.

No Centro de Ciências do Café visitámos um espaço considerado único na Europa, implantado numa vastíssima área de mais de três hectares, com grandes espaços interativos, contando a história e a cultura do café.

Hoje Campo Maior é considerada a capital do café em Portugal e a sua tradição vem dos anos 80 do século passado, onde foi criada a maior fábrica de torrefação do café. Tivemos oportunidade de saborear um bom café e ouvir as normas da sua classificação.

Associado ao grande investimento que realizou na reconversão e plantação de vinhas novas, criou uma adega de grande beleza estética, obra de autor, criando as condições de temperatura e humidade indispensáveis ao correto envelhecimento e maturação do vinho.

Estas condições foram obtidas, de modo sustentável, através da criação no terraço superior da adega de um espelho de água e uma área de relvado e de paredes muito espessas na periferia.  Isto permitiu assegurar uma organização da adega diferente do habitual, em particular no armazenamento das barricas.

Na zona do terraço pudemos ver a herdade de grandes dimensões com vastíssimas áreas reconvertidas de vinha e olival.

Depois de chegarmos, uma grande parte do grupo aproveitou para dar um passeio ao longo das muralhas na direção da Feira de S. Mateus, onde jantámos e não resistimos ao apelo do cheiro das farturas…

Outros foram visitar o Museu Militar

3º dia

A visita a Olivença, cidade vizinha de Elvas, situada na margem esquerda do Guadiana a cerca de 20km, era aguardada com curiosidade.

Um simpático guia espanhol com bom domínio do português fez-nos a introdução da visita e posteriormente o seu acompanhamento.

Vimos uma cidade bem organizada e dinâmica, não se detetando qualquer vestígio de conflito luso-espanhol. Observámos a Torre de Menagem do Castelo de Olivença, a Igreja de Santa Maria do Castelo, a Igreja de Santa Maria Madalena, de arquitetura Manuelina, a Santa Casa da Misericórdia e a Porta Manuelina dos Paços do Concelho…

No regresso ainda vimos as ruínas de uma ponte romana que ligava Olivença a Elvas, destruída durante as invasões francesas.

Ao jantar muitos de nós encontraram-se no bar do hotel onde conversámos e tomámos uma refeição ligeira, não deixando de ir vendo o desafio entre o Porto e o Gil Vicente que, tendo acabado bem, ainda causou algum sofrimento a muitos… enquanto outros usufruíram da piscina interior, das saunas e do jacuzzi.

4º dia

No domingo, já de regresso ao Porto, fomos a Mora visitar o Fluviário, um grande aquário que mostra os diferentes ecossistemas de água doce. Ali estão representados mais de 600 exemplares de 60 espécies representativas da fauna piscícola e da flora que habitam os nossos rios.

Depois da visita fomos a Tomar, onde nos aguardavam as associadas , residentes nesta região, que almoçaram connosco e amavelmente nos orientaram na breve visita local, após a refeição. Esta pecou pela escassez do espaço em que foi servida.

Já na Mealhada, na última paragem técnica que fizemos, pudemos confirmar a magnífica avaliação que os nossos companheiros faziam da viagem quer pelo que vimos, quer pela logística, e, sobretudo, pelo convívio.